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    quarta-feira, 23 de setembro de 2009

    ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2008: IRREGULARIDADES E ILEGALIDADES

















    A PROPÓSITO DA OBRA DE VASCO CRISTÓVÃO

    Albano Pedro

    A obra que me proponho a apresentar cujo título é NÃO É VERDADE QUE AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2008, FORAM LIVRES, JUSTAS E TRANSPARENTES: EXISTEM PELO MENOS 100 RAZÕES da autoria de Vasco Cristóvão, Médico e candidato as próximas eleições presidenciais, vem ao grande público angolano como um diálogo estatístico necessário com a consciência do eleitorado angolano que afluiu em massa para o importante acto político – que representa o único momento do exercício de soberania do povo que a constituição angolana tem consagrado. Um diálogo em que a comparação da intenção de construção do Estado Democrático e de Direito é posta a prova ante a visível materialização de um contra-senso político operado com as visíveis irregularidades e ilegalidades. Vasco Cristóvão como Médico – educado e habituado a averiguar com zelo o desempenho do corpo humano em toda a sua dimensão e complexidade – traz a sua obsessão profissional ao terreno social procurando alertar sobre a carga virulenta que enferma a realidade social mormente no exercício dos actos eleitorais. Por isso, publica este testemunho, por isso é candidato as eleições presidenciais. Uma obsessão já experimentada pelo líder fundador da nação – Dr. António Agostinho Neto – que como Médico emprestado à política provou-nos, sobretudo àqueles que viveram os momentos da luta de libertação colonial, que a liberdade de pensar e estar é o mais importante bem psicológico do homem e a melhor condição social de um povo.

    Recentemente o Instituto de Desenvolvimento e Democracia (IDD) lançou em Luanda uma obra de teor similar intitulado Angola – Livro Branco Sobre as Eleições de 2008. A obra de Vasco Cristóvão vem completar as reflexões apresentadas naquela obra dando uma dimensão menos partidária e mais nacional da análise do fenómeno da fraude operada com as eleições legislativas de 2008. Afinal, se é sabido que as eleições legislativas de Setembro de 2008 não produziram os resultados esperados pelo povo angolano, ao invés, permitiram o surgimento de uma ditadura parlamentar com vitória esmagadora do MPLA o que por si só faz-nos desconfiar que o povo angolano – consciente e responsável – não desejou tal resultado, uma vez que com ela morre a democracia que se pretende multipartidária, então o povo angolano foi traído pelos resultados eleitorais. Assim, alguma suspeição deve ser colocada ao processo eleitoral. Vasco Cristóvão completa as nossas suspeições com provas concretas das irregularidades e ilegalidades em quantidades arredondadas a 100. Quem desconfia que as eleições não correram bem terá certamente necessidade de adquirir este livro de 91 páginas publicado sob a chancela da editora portuguesa rio de imagem, Lda.

    A obra passeia toda a sua magnitude a volta de 100 questões propositadamente seleccionadas num universo de milhares de questões sobre os mecanismos fraudulentos que todos os angolanos testemunharam durante o processo eleitoral que culminou com a eleição do MPLA em maioria esmagadora sobre a oposição civil. A selecção das 100 razões não retira qualquer mérito a todas as outras. Estampam-se as 100 razões por motivos de economia política – permitir que o povo raciocine sobre todo o processo eleitoral a partir da leitura de qualquer uma delas; estampam-se por razões gráficas – a publicar todas as razões o livro teria certamente um tamanho que ninguém conseguiria carregar consigo dado o seu volume e peso para além do preço que seria certamente inacessível para todos aqueles que têm interesse em compreender e reflectir o processo eleitoral e sobretudo estampam-se por razões ético-morais – para que os angolanos possam comparar as fraudes relatadas com os discursos que procuram passar a ideia de que não houveram irregularidades e ilegalidades no processo eleitoral. E acima de tudo, uma base de dados necessária para os políticos, estudiosos, académicos e todos aqueles que queiram sustentar as suas declarações públicas com dados palpáveis quando afirmarem que as eleições legislativas de 2009 afinal não foram livres, justas e transparentes. É um livro-prevenção – para todos nós que auguramos novas e contínuas eleições daqui em diante – alertando-nos sobre os cuidados a ter nos próximos momentos eleitorais; é um livro-alerta – para todos aqueles que não votaram, por razões etárias e outras, e esperam fazê-lo com liberdade, justiça e transparência democrática nas próximas eleições sejam elas legislativas, sejam elas presidenciais, sejam elas autárquicas.

    Embora não prefaciada, a obra tem o mérito de apresentar-se por si mesma pela elucidante introdução feita pelo próprio autor, desenha ela mesma uma trajectória que permitirá que o leitor perceba, com necessária antecedência, o conteúdo global da obra e a sua razão de ser. Pelo que declino quaisquer considerações adicionais a esse propósito, visto que se o fizesse retiraria todo interesse em adquiri-la. A obra garante seguramente uma leitura fácil e simultaneamente intrigante sobre as múltiplas fraudes descritas em ordem númerica como sugere a selecção das questões. É pois feliz a obra que vem a bom propósito como um testemunho histórico para gerações presentes e futuras que recorrerão aos seus dados para obterem as impressões necessárias que permitirão um julgamento com rigor a veracidade dos factos sobre as eleições legislativas de 2008 e mais feliz ainda o seu Autor que com senso de vigilância política e idoneidade intelectual para além de demonstrar um espírito de cidadania sólido veio brindar-nos com esta pequena obra de grande impacto político e gigantesca repercussão histórica. Parabéns!

    Contacto do Autor da Obra: 923620814 / vascoquibio@yahoo.com.

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